Existo. Ou não

Sou loira dos olhos negros. Inventada. Sou a personagem em mim que esteve atenta o tempo todo, a que guardou, quebrou, misturou e pintou essas histórias. Sem ela, eu simplesmente não aprendo. Não conseguiria. Eu posso ser outras pessoas, uma grande alegria na vida duns, uma grande tristeza na vida doutros, mas, se escrevo, sou Cassandra. Se não sou, digo a ela: Cassandra, que saco! E a gente sai por aí. Discutindo e tomando uns goles. E a gente se mistura. A gente se conforta. Em Uberlândia, minha Macondo, minha London, minha Paris. O Alfredo? É meu incidente, reincidente.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ervas


Mira lá na frente, bem depois da cavalgada. O que vê?
Eu? Parada respiratória: dirão da minha morte natural. Vai o corpo. Ficam os equívocos mais a terra jogada por cima.
Mas não sempre espalhou flores?
Não. Sim, sim, ai, ai, esse mato...
(Miro lá na frente: estou de salto e de fantasma, arrancando ervas daninhas).


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