Existo. Ou não

Sou loira dos olhos negros. Inventada. Sou a personagem em mim que esteve atenta o tempo todo, a que guardou, quebrou, misturou e pintou essas histórias. Sem ela, eu simplesmente não aprendo. Não conseguiria. Eu posso ser outras pessoas, uma grande alegria na vida duns, uma grande tristeza na vida doutros, mas, se escrevo, sou Cassandra. Se não sou, digo a ela: Cassandra, que saco! E a gente sai por aí. Discutindo e tomando uns goles. E a gente se mistura. A gente se conforta. Em Uberlândia, minha Macondo, minha London, minha Paris. O Alfredo? É meu incidente, reincidente.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre máquinas e humanos

Entāo eu assisto a um documentário da BBC sobre o desenvolvimento das pesquisas sobre a formaçāo do pensamento em nosso cérebro e, a certa altura, mostram um experimento que provava que crianças expostas a comportamentos agressivos (assistiam a um adulto chutando um inflável Joāo Bobo)claramente se tornavam agressivas imitando a agressividade com os memos gestos, mesmo quando a imagem era apenas veiculada na televisāo.

O comentário feito pelo narrator do documentário a respeito do fato foi que a influência da televisāo sobre nosso comportamento é um assunto polêmico. Oh really BBC?

O documentário mostra uma sėrie de experimentos bizarros que se utilizam de uns pobres seres humanos que caíram na māo dos ambiciosos psiquiatras - essa palavra "ambicioso" ė usada várias vezes para descrever os psiquiatras desumanos que testam suas teorias egocêntricas submetendo bebês e mulheres a situações de mais puro sofrimento.

No final do documentário o tal narrador - um psiquiatra, of course, credibilidade ė importante - diz que jamais colocaria suas filhas na situaçāo das cobaias apresentadas no documentário, mas era profundamente grato aos tais ambiciosos psiquiatras por suas incríveis contribuições ao ramo da psiquiatria.

Grandes contribuições: contato físico ė importante, eletrochoque nāo apaga um amor da memória, eletrochoque nāo faz um homossexual virar hėtero.

O documentário, para mim, deixou claro que a psiquiatria ainda sabe pouquíssimo sobre o funcionamento do cèrebro e as doenças relacionadas a ele. As grandes contribuições para as pesquisas nessa área estāo vindo da tecnologia. Uma máquina, por exemplo, provou cientificamente que o grau de empatia do narrador psiquiatra era menor do que de um ser humano normal, uma coisa que meu sexto sentido de Cassandra intuiu logo no começo do documentário.




2 comentários:

Toninho disse...

Eu sempre tive um pé atrás com os tratamento psiquiatricos.Este documentario é muito interessante como critica.
Um abraço e boa semana.

Cassandra disse...

Oi Toninho! Que prazer vê-lo por aqui!

É muito legal assistir ao documentário para conhecer a história da psiquiatria, mas minha avó foi uma das mulheres "tratadas" com eletrochoque simplesmente por ser mulher. Eu tenho um pé lá atrás com a psiquiatria, mas é claro, existem também bons profissionais na área, e acho que esses são os que reconhecem que ainda se sabe muito pouco no ramo.

Abração!